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Ubá comemora 164 anos com uma rica história para contar

Atualizado: 2 de jul. de 2021


Sobre a Cidade


Ubá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais conhecido como “Cidade carinho” e é considerado o polo moveleiro do estado.


Não há consenso sobre a origem do nome da cidade. Na língua Tupi-Guarani, Ubá significa “canoa de uma só peça escavada em tronco de árvore”. Porém, acredita-se que o nome da cidade é proveniente de uma gramínea (Gynerium sagittatum) comumente chamada de Ubá e que existia em abundância nas margens do ribeirão que corta a cidade.



História


A Colonização da Bacia do Rio Pomba

É paradoxal, mas não se tem notícias da existência de tribos indígenas vivendo nesta região decorridos 100 anos do descobrimento do Brasil. Histórias mais vivas, todavia, levam-nos a acreditar que, no final do século XVII, Capuchinhos Franceses ocupavam nove missões indígenas nos distritos dos índios Coroados, Coropós e Puris, dispostas desde a Serra do Geraldo até o Porto dos Diamantes. Os Capuchinhos, porém, foram expulsos do Brasil em 1617.


Versões diversas dizem que os jesuítas, a partir daquela data, tomaram para si tais missões e prosseguiram, com métodos mais brandos e suaves, à catequização dos Silvícolas. É quase forçoso apreender tal variante ou mesmo seguir a narrativa “sinuosa” de que os Tamoios, imensa e poderosa família indígena, predominante em parte do Litoral Brasileiro, perseguindo sistematicamente outras tribos nativas, fizeram-nas debandar a esta parte.


As várias tentativas dos portugueses na colonização dos Coroados, Coropós, Puris e Botocudos, habitantes das matas da região, terminavam sempre em sangrentas batalhas entre os verdadeiros donos da terra e os invasores brancos. Nos confrontos, utilizando flechas e machados contra armas de fogo, os índios eram gradativamente massacrados ou tornados prisioneiros para o trabalho escravo, principalmente em se tratando de jovens e mulheres.


As fortes pressões internacionais contra o genocídio convenceram o Rei de Portugal a determinar que o Governador Luís Diogo Lobo da Silva organizasse uma expedição na tentativa da aproximação amistosa com os índios. Dessa tarefa difícil participaria aquele que conhecia as trilhas das matas, os costumes indígenas, e tinha familiaridade com eles: Capitão Francisco Pires de Farinho, que seria um guia especial com função de comando. O desafio maior, porém, caberia a um vigário formado no Seminário de Mariana em 1757, padre Manoel de Jesus Maria, filho de um português com uma escrava índia, sua função seria catequizar os silvícolas.


A expedição de aldeamento chegou às margens do Rio Pomba em 25 de dezembro de 1767 e fixou-se no local onde seria erguida a igreja dedicada ao mártir São Manoel. Entre os anos de 1780 a 1790, padre Manoel chegou ao Rio Ubá, onde viviam os índios Coroados, que usavam uma espécie de gramínea, a cana U-Uva, para fazer suas flechas. Por evolução linguística, U-Uva tornou-se Ubá. Nestas imediações Padre Manoel construiu uma capela que, mais tarde, após reconstruída por Antônio Januário Carneiro, recebeu o nome de São Januário, porque era o santo do dia do seu nascimento, acontecido em 19 de setembro de 1879.



Uma caminhada na história


O povoado surgiu na antiga Rua de Trás, hoje denominada Rua Santa Cruz, em 3 de novembro de 1815; em 7 de setembro de 1841, recebeu a denominação de “Capela de São Januário de Ubá”. A Lei Provincial nº 854, de 17 de junho de 1853, tornou-a “Vila de São Januário de Ubá”. A Lei nº 806, de 3 de julho de 1857, deu-lhe a categoria de cidade, com a atual denominação: UBÁ.


A Comarca de Ubá foi criada pela Lei Provincial nº 11, de novembro de 1892. Instalada em 23 de março de 1892.



Capela de São Januário


Antônio Januário Carneiro nasceu em Presidente Bernardes. Seguindo os impulsos de sua época, dedicou-se ao comércio. Comprando e vendendo produtos agrícolas da região conseguiu estabelecer-se como abastardo proprietário rural sendo sua a iniciativa de doar terras para fundar o povoado que seria mais tarde a cidade de Ubá. Por mais uma inciativa de Antonio Januário Carneiro foi oficializada em 3 de novembro de 1815 fato este intermediado por Guido Marlière. Em sua Fazenda Boa Vista, hoje Fazenda Boa Esperança, Antônio Januário montou toda a infra-estrutura necessária à construção da capela de São Januário, trazendo operários especializados de Presidente Bernardes e Piranga. Antes da construção da Capela, os operários construíram suas próprias casas próximas ao local onde a igreja seria construída. Essas casas foram construídas onde hoje situa-se a Rua Santa Cruz, antigamente chamada de Rua de Trás, por estar situada atrás da igreja. Antônio Januário Carneiro morreu antes de terminar a construção da igreja que foi terminada tempos depois por seu filho Antônio Januário Carneiro Filho.


Parabéns Ubá pela sua história fascinante!




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